Há pouco, ao jornalista Antônio Muniz, o senador Sérgio Petecão apresentou um argumento falho ao justificar a desistência da irmã, a vereadora Lene Petecão, na disputa pela Presidência da Câmara Municipal de Rio Branco – eleição prevista para esta sexta-feira. Petecão acusou o governo de montar um grupo – ele citou os ex-deputados Moisés Diniz e Ney Amorim) para oferecer cargos no governo aos vereadores que se aliassem a uma chapa supostamente apoiada pelo Palácio Rio Branco. “Eu não tenho nada a oferecer”, disse o senador, num gesto dissimulado.
É sabido que o prefeito eleito Tião Bocalom já declarou que não vai negociar cargos por apoio na câmara. Nem mesmo aceitaria que uma chapa aliada ao seu governo troque qualquer tipo de barganha por votos. O senador, assim, como diz o ditado, deu uma de “Mané sem Braço”, usando um argumento populista.
Sem Lene no páreo, os progressistas N. Lima e Samir Bestene travam uma disputa de bastidores, concorrendo contra o vereador do MDB, Emerson Jarude, o único que pode melar a vitória de um dos candidatos do PP. Serão menos de 12 horas para a configuração final das chapas, com barganha, obviamente, por que não se admite num país campeão de corrupção costurar alianças sem a mínima indecência. Os votos dos que atacaram a prefeita e o governador custarão muito caro.