O senador Sérgio Petecão não teria sido consultado sobre as indicações para compor a equipe do prefeito Tião Bocalom. O próprio senador confidenciou a amigos, numa confraternização na sua chácara, que não houve convite do prefeito para discutir o assunto. O senador não escondeu a decepção, dizendo que o seu partido, o PSD, deveria ter sido lembrado. Em certo momento, afirmou que “bancou” a eleição do progressista.
Nesta sexta, na posse dos eleitos, na Câmara Municipal, Bocalom citou Petecão, em tom de agradecimento. Mas lembrou que o senador não estava presente. Para muitos, foi um ato de cordialidade que esconde o desentendimento entre ambos. Em campanha, Bocalom afirmou que não aceitaria indicações políticas, nem de vereadores, nem de aliados. As redes sociais cobram isso dele todos os dias.
A assessoria do senador não justificou a falta dele, o que gerou desconfianças entre os aliados, especialmente por que a esposa dele, eleita vice-prefeita, sequer foi prestigiada por ele no ato solene.
Bocalom enfatizou, em seu rápido discurso, que toda a equipe será definida somente em 90 dias. Mas alguns dos principais nomes já estão confirmados. E todos, sem exceção, são escolha pessoal do prefeito.
Outro ponto de discórdia:
Bocalom teria agido nos bastidores para eleger o militar N. Lima.
Preteriu, assim, a irmã do senador, a vereadora reeleita Lene Petecão.
Lene, aliás, pareceu desconfortável em seu pronunciamento. Ora disse “conte comigo”, ora disse “vou cobrar o que for preciso para o bem da população”. Entre espetadas e elogios, a vereadora finalizou seu discurso se colocando à disposição do prefeito.