No primeiro ato público, nesta segunda-feira, com a presença do prefeito de Rio Branco, viu-se que Tião Bocalom não terá paz. Será um grande desafio pessoal não negociar apoio por cargos, como prometeu o prefeito na campanha.
Ao prestigiar os trabalhadores da Zeladoria – a terceira maior estrutura da administração pública na capital, Bocalom se sentiu constrangido com o “ataque” de alguns parlamentares. É claro que a abordagem ao prefeito tinha um sentido além do cumprimento de praxe: emplacar cabos eleitorais em alguma secretaria, uma vez que muitos comissionados foram exonerados por ato da ex-prefeita antes da transmissão do cargo.
Do evangélico ao católico, do novato ao reeleito, os pidões parecem urubus na carniça. Desrespeitam a privacidade do prefeito, quebram o protocolo da solenidade e exploram o poder do voto, contra ou a favor dos interesses da prefeitura, como forma de pressionar.
Nem todos os parlamentares foram deselegantes. Mas o que se ousaram ficaram sem respostas.
O prefeito ouviu, mas fez de conta que não ouviu.
O prefeito, obviamente, ao falar a todos, agradeceu a presença dos vereadores. Ressaltou a importância da parceria Legislativo-Executivo para fazer a gestão andar pra frente sempre. É o que se chama de politicamente correto.
Mas ele não estava totalmente à vontade. Se é verdade que Bocalom não interferiu na eleição da mesa-diretora, ele não tem obrigação nenhuma de atender a pedidos espúrios.
O tempo dirá