O ex-ministro da Educação e candidato a presidente em 2018, Fernando Haddad (PT), é duro ao falar sobre casos de corrupção e seus reflexos na política. Ao Estado de Minas, ele afirmou que figuras que comprovadamente cometeram crimes não podem participar da vida pública do país.
“Quem rouba não pode nem fazer parte da política, desde que você nomeie a pessoa. Porque todos os partidos políticos enfrentaram investigações, que são corretas, e algumas pessoas foram perseguidas indevidamente por aqueles que tinham um projeto político de chegar ao poder. Desde que se faça a distinção — e isso vale para o para PSD, PT, PSDB, e todos os outros”, disse, nessa quinta (26).
A fala fazia menção à frase, dita pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), sobre ser “avesso a quem rouba Petrobras e a não ter vacina no Brasil’. A declaração foi dada pelo chefe do Executivo municipal a “O Globo”, quando perguntado sobre o encontro que teria com Haddad na capital mineira. A reunião ocorreu nessa quinta.
“Todo mundo do PSD, por exemplo, que cometeu irregularidades, tenho certeza que o Kalil também não concorda, assim como eu não concordo com irregularidades de qualquer natureza. Pode ser do meu partido, da minha família, da minha igreja, do meu time de futebol. Não é por proximidade e amizade que vou deixar de defender a aplicação da lei. Pode ser meu filho, meu sobrinho ou quem for: lei é para ser cumprida. Mas temos de ter coragem de apontar para as pessoas que cometeram equívocos”, completou Haddad.