A JWC Multiserviços Ltda, do empresário das terceirizadas Jebert Nascimento, pré-candidato desistente à Prefeitura de Rio Branco no ano passado, encabeça a lista de grupos que pleiteavam receber muito além do que, de fato, realizaram na capital do Acre. Somente esta empresa reivindicava mensalmente R$ 400 mil mensais (valores sempre redondos). Uma força tarefa descobriu que a JWC tem direito à metade disso (R$ 205 mil) no mês de fevereiro.
A ata acima, datada de 22 de fevereiro, os empresários haviam concordado que as medições deveriam ser pelo sistema de georreferenciamento.
No total, o consórcio de empresas contratado pela Zeladoria para fazer a limpeza da cidade pedia R$ 4.6 milhões anuais “por medições que não eram realizadas”, disse o diretor de Gestão, Marcos Vitorino (veja o vídeo abaixo).
Na foto acima, de hoje, os empresários, convocados para uma reunião, se negaram a receber pelo metro quadrado.
As revelações foram feitas nesta segunda-feira `TV Gazeta, afiliada da Rede Record, após um tumulto à porta da Zeladoria, em que até a polícia foi chamada para dispersar um grupo de trabalhadores que não receberam ainda seus salários. A prefeitura reconhece o atraso, mas decidiu que só pagará o que for devido.
“Nos documentos de 2020 não constamos que existiam essas medições”, disse o diretor. “As empresas querem emitir nota pela prestação de serviços que não foram realizados. O prefeito não vai pagar. O contrato com as empresas indica que o pagamento deve ser feito por metro quadrado limpo”, mas não havia fiscalização, tampouco os contratos eram cumpridos”, finalizou.
Bocalom determinou que a Procuradoria Geral do Município entre na justiça, pedindo uma ordem judicial para que as empresas recebam os valores considerados justos.