Quem via a maneira carinhosa como Roberto Duarte tratava o MDB, ao qual se dirigia como “Glorioso”, nunca imaginou que o seu amor pela Executiva Estadual entraria em atritos a ponto de o deputado ser convidado a se retirar.
De olho no cenário de 2022, o parlamentar não vê espaço para disputar uma cadeira de federal com Jéssica Sales e Flaviano Melo, por isso cria problemas internamente – e contraria posição da legenda de apoiar o govenador Gladson Cameli na eleição de 2022.
Desalinhado com o projeto do MDB, que decidiu apoiar a reeleição do Governador Gladson Cameli (PP) em 2022, Duarte recebeu a orientação para que procure outro caminho político.
Flaviano diz, em comunicado, que “infelizmente, para o MDB, o deputado Roberto Duarte não compartilha dessa visão partidária de emergência”, ou seja, manter o partido vivo e competitivo para 2022.
“O MDB precisa do empenho de todas as suas forças vitais (parlamentares, dirigentes partidários, filiados e simpatizantes), para vencer essa luta decisiva para a própria existência do partido como agremiação política, no Acre”, destaca Flaviano Melo.
Duarte ficou surpreso ao receber a carta enviada e assinada pelo presidente Flaviano Melo e respondeu que nunca tratou de sua saída do MDB com ninguém.
Duarte perdeu parte da base que o elegeu em 2018, atira atrás de um alvo que lhe faça ter um bom espaço de disputar um mandato ano que vem. Ultimamente tem sido mais obediente e fiel ao senador Márcio Bittar do que mesmo o seu partido e o desgaste era inevitável.