Tratores, máquinas e veículos com problemas mecânicos e sem condições de conserto, pertencentes ao governo do estado, colocados em pátio da estação de tratamento que fica na BR364, viraram alvo fácil dos ladrões de peças usadas que invadem o local e estão desmontando e vendendo as peças no mercado paralelo.
Desde janeiro o Deracre começou a depositar todos as máquinas e veículos sem condições de uso em um pátio cedido pelo Depasa, na ETA que fica a 03 quilômetros do município de Bujari.
O que parecia um grande cemitério de carcaças de ferro, se transformou em um lucrativo negócio para quadrilhas especializadas em revender peças usadas.
Os ladrões estão entrando no pátio no período da noite e retirando tudo que interessa de camionetes, veículos de passeio, caminhões, tratores e máquinas. Os bandidos aproveitam a falta de segurança na estação, que até mantém um vigia, mas, ele fica desarmado e quando nota a presença dos grupos, a única coisa que faz é chamar a polícia, que demora a chegar no local e nunca encontra um acusado.
Existem camionetes hilux ano 2012, com apenas 9 anos da data de fabricação completamente desmontadas. O principal alvo são os motores e caixas de marcha, vendidos facilmente no mercado. Tratores e máquinas que custaram milhões para o estado como retroescavadeiras, tratores de esteira e rolos estão a mercê de quadrilhas que lucram com a omissão do estado em colocar vigilantes no local.
Os ladrões aproveitam que não existem muros e a cerca está caída para entrar pela mata que fica ao lado da estação. Eles montaram trilhas que percorrem uma boa parte da vegetação até chegar as margens da BR 364, distante 500 metros da estação.
As máquinas e veículos começaram a ser levados para o pátio em janeiro desse ano, juntamente com vários equipamentos como ar condicionados, geladeiras, bebedouros e outros materiais eletrônicos que foram armazenados em um galpão. Nenhum desses equipamentos existe mais, todos foram furtados.
O prejuízo ao estado é incalculável. É que muitos desses veículos poderiam ser recuperados, como um ônibus de fazer atendimento itinerante que chegou rodando ao depósito, mas já está sem as rodas e os equipamentos da parte interna. Em outro ônibus levaram o motor e a caixa de marcha.
A denúncia da ação desses grupos criminosos veio à tona com o sindicato dos urbanitários, com seu presidente Marcelo Jucá. Ele montou um vídeo mostrando a ação dos bandidos e o medo dos servidores que trabalham na estação de tratamento. “Além de ver o patrimônio do estado ser levado deva forma, ainda existe o risco de os bandidos fazerem alguma coisa na água que abastece uma cidade e o aeroporto. É precisa dar segurança a ETA e seus trabalhadores”, reclamou.
A direção do Depasa que opera a estação e é proprietária do terreno, disse que a responsabilidade pelas máquinas e veículos é do Deracre. A área foi apenas cedida, mas já houve uma conversa para a construção de um muro no local e está esperando uma resposta.