A executiva nacional do PT aprovou, em reunião no começo da tarde desta sexta-feira, a manutenção da aliança em torno da candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio, mesmo com a insistência do deputado Alessandro Molon (PSB) de concorrer ao Senado.
Dirigentes que vinham defendendo o rompimento mudaram de posição e agora dizem que não há como alterar o palanque no estado a menos de 60 dias da eleição.
O acordo com Freixo no Rio foi costurado diretamente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato a presidente petista influenciou na mudança de posição dos dirigentes. Os petistas vão enfatizar que o único candidato de Lula ao Senado é o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano, e tentarão isolar Molon.
“É difícil dar um cavalo a menos de 60 dias da eleição, depois que o Lula foi lá, levantou a mão dele (Freixo), com todas as lideranças nacionais do PT tendo declarado apoio a ele. A gente não vai romper a aliança mesmo com o PSB não cumprindo o acordo”, afirma o secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, que defendia o rompimento com Freixo e uma aliança com Rodrigo Neves (PDT).
“A Comissão Executiva Nacional do PT confirma o apoio à chapa Marcelo Freixo (PSB) para governador e André Ceciliano (PT) para senador no Rio de Janeiro. Com Lula e Alckmin, vamos juntos reconstruir nosso Brasil”, afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nesta sexta-feira, em sua conta no Twitter.
Morreu na tarde deste sábado, aos 68 anos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A informação foi confirmada ao GLOBO por familiares de Costa. A causa da morte não foi divulgada.
O engenheiro ficou nacionalmente conhecido por ter sido preso no âmbito da operação Lava-Jato, em 2014, e por ter sido delator de supostos esquemas de corrupção na estatal.
Em acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, Costa revelou esquemas de enriquecimento ilícito que beneficiavam políticos. Delatou, entre outros, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. Citou, ainda, nomes como o ex-senador Romero Jucá e o senador e atual ministro da Casa Civil Ciro Nogueira. Todos negaram as acusações à época.
Na ocasião da assinatura do acordo, Costa renunciou a cerca de US$ 23 milhões mantidos em contas na Suíça, à época bloqueados, além de mais US$ 2,3 milhões em Cayman. Na época, o ex-diretor devolveu R$ 79 milhões à Petrobras. Os prejuízos com os esquemas de corrupção foram calculados na ocasião em R$ 1,3 bilhão.