ANS inclui procedimentos na cobertura obrigatória de planos
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu três novos procedimentos na lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde.
Segundo o decreto publicado nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial da União, farão parte do rol os seguintes procedimentos:
terapia com alfacerliponase para lipofuscinose ceroide neuronal tipo 2 (CLN2) (com diretriz de utilização), com cobertura para o medicamento alfacerliponase para o tratamento de pacientes com lipofuscinose ceroide neuronal tipo 2 (CLN2) / deficiência de tripeptidil-peptidase 1 (TPP1);
implante intracerebroventricular de bomba de infusão de fármacos;
aplicação de contraceptivo hormonal injetável (com diretriz de utilização), com cobertura dos medicamentos medroxiprogesterona + cipionato de estradiol e algestona acetofenida + enantato de estradiol para a contracepção para mulheres em idade fértil.
A nova determinação da ANS será colocada em prática a partir do dia 22 de outubro.
Mudanças na cobertura dos planos
No início do mês de junho, Superior Tribunal de Justiça (STJ) fez uma alteração no entendimento sobre o rol de procedimentos cotados pela ANS para a cobertura dos planos de saúde.
Antes da modificação, o rol da ANS era considerado exemplificativo pela maior parte do Judiciário. Sendo assim, os pacientes que tivessem negados procedimentos, exames, cirurgias e medicamentos que não constassem na lista poderiam recorrer à Justiça e conseguir essa cobertura. Já nessa configuração, o rol era considerado o mínimo que o plano deveria oferecer.
Os planos, assim, tinham a obrigação de cobrir outros tratamentos que não estão no rol, mas que foram prescritos pelo médico, tenham justificativa e não sejam experimentais.
Na nova configuração, a lista contém tudo o que os planos são obrigados a pagar: se não está no rol, não tem cobertura, e as operadoras não são obrigadas a bancar.
Com a mudança, as decisões judiciais devem seguir esse entendimento – de que o que não está na lista não precisa ser coberto. Com isso, muitos pacientes não conseguirão começar ou dar continuidade a um tratamento com a cobertura do plano de saúde.
A decisão do STJ não faz com que as demais instâncias sejam obrigadas a seguir esse entendimento, entretanto, o julgamento serve de orientação para a Justiça. Mas há, ainda, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) em tramitação no Supremo Tribunal Federal que pode mudar o entendimento do STJ.
Dermatologista esclarece alguns questionamentos e dá dicas para cuidar dessa parte do corpo
Os homens têm se importado cada vez mais com a aparência e, por isso, buscam soluções práticas para problemas comuns do dia a dia. Confira, a seguir, as respostas do dermatologista Alexandre Y. Okubo sobre bem-estar e cuidado com os pés.
1. Creme, esfoliante e gel. O que são e como usar?
São três produtos diferentes. Os cremes têm maior poder de hidratação e podem ser usados de uma a duas vezes por dia. Já os esfoliantes auxiliam na remoção de células mortas. Geralmente vêm com microesferas maiores para aumentar a eficácia. Podem ser utilizados uma vez por semana. Finalmente os géis desodorantes têm ação refrescante e podem ser usados de uma a duas vezes ao dia.
2. Os produtos para mãos e corpo podem ser usados nos pés?
Podem, mas o ideal é usar produtos específicos para cada região, uma vez que contêm concentrações de princípios ativos e tipos de ativos direcionados e adequados.
Sim, principalmente nos dias de altas temperaturas. O excesso de umidade e calor propicia a proliferação de fungos e bactérias que podem provocar doenças. Não há um tempo determinado, mas quanto mais arejado, melhor.
4. O que deve ser observado ao procurar um serviço especializado?
Para não correr riscos de contaminação, o local precisa ter boa higiene, utilizar materiais esterilizados (alicates, tesouras e pinças) e descartáveis (lixas, espátulas e palitos).
5. Quais são as micoses mais comuns nos pés masculinos? Como tratá-las e evitá-las?
A mais frequente é a micose interdigital, mais conhecida como frieira. Ela é adquirida em ambientes úmidos e quentes, como praias, piscinas ou vestiários. O tratamento se dá com antifúngicos tópicos, como cremes, sprays ou soluções, e em casos mais graves, medicações via oral. Enxugar bem os pés após passar por esses ambientes é uma boa precaução para evitá-las.
6. Como melhorar o ressecamento dos pés?
Beba bastante água, use hidratantes específicos para os pés, faça uma esfoliação de manutenção a cada 15 dias e prefira meias de algodão quando for utilizar calçados fechados.
7. O que é o chulé? É verdade que os homens têm mais do que as mulheres?
O chulé é causado pela presença de bactérias que degradam o suor, eliminando um odor típico. Sapatos fechados, de borracha ou de plástico, e meias com pouca capacidade de secar a transpiração facilitam a produção de suor e impedem a ventilação dos pés, contribuindo para o problema. Homens transpiram mais e geralmente ficam mais tempo com calçados fechados, por isso a incidência de bromidrose, odores provenientes do suor, é maior neles.
8. Os talcos resolvem o problema do chulé?
Os talcos ajudam a manter os pés secos por mais tempo, além de conter princípios ativos que diminuem a proliferação de bactérias.