‘O que tomar para covid?’: a resposta a essa e outras 4 questões sobre doença
Para quem conseguiu atravessar os mais de dois anos de pandemia sem ter pegado covid-19, o atual momento não parece muito propício: desde meados de maio, os casos no Brasil voltaram a aumentar.
Uma boa notícia, porém, é que o número de mortes continua baixo.
Em meio à chamada quarta onda, o interesse pela covid-19 no Google subiu em maio no Brasil em relação ao mês anterior, com alta de 20%.
Segundo o buscador, um termo em particular registrou aumento significativo: “teste covid”.
A procura por esse termo aumentou 70% na comparação de maio com abril, e 190% ante a março. Nos últimos 90 dias, o pico de interesse foi alcançado na primeira semana de junho, e as pesquisas vêm aumentando desde o início de maio.
Nesse contexto, o Brasil subiu de posição no ranking mundial de interesse pela covid-19.
Na primeira semana de junho (01/06 a 07/06), o país foi o 11º país a mais buscar pela covid-19 no ranking mundial.
Para se ter uma ideia, nos 30 dias anteriores a 7 de junho, ocupávamos a 22ª posição. Noventa dias antes dessa data, estávamos na 34ª posição.
A pedido da BBC News Brasil, o Google compilou as perguntas mais recentes buscadas sobre a covid-19 no Brasil. Muitas delas mencionam o teste ou como agir no caso de ter a doença.
Confira abaixo o que os brasileiros mais perguntaram ao Google entre 1º e 7 de junho, bem como as respostas a essas dúvidas.
1. O que tomar para covid?
Não é novidade que o brasileiro gosta de se automedicar. Mas é preciso tomar cuidado.
O uso de remédios em casa por quem está com covid deve ter como finalidade aliviar os sintomas da doença. Pense, portanto, em antipiréticos (para diminuir a temperatura e controlar a febre) e analgésicos (aliviar possíveis dores musculares pelo corpo). Ou seja, paracetamol e ibuprofeno, por exemplo.
Medicamentos antivirais, como rendesivir, paxlovid ou molnupiravir, com eficiência comprovada para o tratamento contra o coronavírus, são direcionados para uso em contexto hospitalar.
E não custa lembrar: o chamado kit covid (cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e, até, algumas vitaminas e minerais, como vitamina D, vitamina C e zinco), cujo uso chegou a ser defendido diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o auge da pandemia, não tem sua eficácia comprovada para combater o vírus e não é recomendado pela Associação Médica Brasileira (AMB). Além disso, pode acarretar graves problemas de saúde, mostram estudos.
Vai depender do tipo de teste e se você apresenta sintomas ou não.
São três tipos de teste:
PCR: É considerado o mais eficiente para diagnosticar a covid-19, porque detecta o material genético do vírus na amostra em tempo real. Mas é mais caro, uma vez que precisa ser enviado a um laboratório especializado, e seu resultado pode demorar até 72 horas. Normalmente, é indicado para quem precisa saber se está contaminado e ainda não apresentou sintomas.
A coleta é feita por meio de um swab nasal e deve ser feita em até oito dias após o início de sintomas. Nesse caso, costuma ter 90% de precisão.
Se não houver sintomas, o ideal é esperar cinco dias após o último contato com a pessoa infectada. Caso contrário, é mais alta a chance de falso negativo (ou seja, quando o diagnóstico para a covid é negativo, mas o paciente está infectado com o vírus).
Antígeno: Feito por meio de um swab nasal em farmácias e nas unidades de saúde, também é chamado de “teste rápido”. É indicado para quem tem sintomas, pois detecta a presença do vírus em sua fase de replicação.
Para quem tem sintomas, o teste deve ser feito entre o 1º e o 7º dias. Já quem não teve sintomas, a recomendação é realizá-lo a partir do 5º dia do contato com a pessoa contaminada pelo Sars-CoV-2.
A vantagem desse teste é que ele fica pronto em 30 minutos. Porém, se a carga viral for baixa, aumenta a probabilidade de um falso negativo.
Autoteste: funciona da mesma forma que o teste antígeno, mas você compra na farmácia e faz em casa, por conta própria. As orientações para a realização desse teste são as mesmas das do teste rápido.
O Ministério da Saúde adverte, no entanto, que não se deve utilizar o autoteste “caso você apresente sintomas como falta de ar, baixos níveis de saturação de oxigênio (abaixo de 95%), cianose (cor azulada nas unhas, pele, lábios), letargia (sono profundo), confusão mental, sinais de desidratação”.
Nesses casos, recomenda-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.
3. Como é feito o autoteste covid?
No autoteste, o indivíduo realiza todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional, seguindo atentamente as informações das instruções de uso.
No caso da covid-19, são permitidas as autocoletas de amostras de saliva ou de swab nasal não profundo.
O swab nasal é uma haste fina que tem uma ponta de algodão na qual a amostra vai ser coletada a partir da introdução no nariz (nas duas narinas) de forma não muito profunda.
Por isso, caso o seu autoteste indique esse tipo de amostra, a orientação de como obtê-la adequadamente estará disponível nas instruções de uso.
4. Onde fazer o teste de covid?
Depende do tipo de teste. Testes PCR são normalmente realizados em hospitais, pois dependem de laboratórios, enquanto os antígenos profissionais em farmácias e postos de saúde. Os autotestes podem ser comprados e feitos em casa, por conta própria.
Medidas não farmacológicas (distanciamento e uso de máscaras) ‘devem ser encorajadas no atual momento epidemiológico’, segundo o Ministério da Saúde
5. Quantos dias de isolamento covid?
O isolamento deverá ser feito por sete dias, desde que não haja sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos, segundo a mais recente orientação do governo federal, de janeiro deste ano.
Quem realizar testagem (RT-PCR ou teste rápido de antígeno) para covid-19 com resultado negativo no 5º dia, poderá sair do isolamento, antes do prazo de 7 dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas, e sem o uso de antitérmicos.
Se o resultado for positivo, é necessário permanecer em isolamento por 10 dias a contar do início dos sintomas.
Para quem no 7º dia ainda apresentar sintomas, é obrigatória a realização da testagem.
Caso o resultado seja negativo, a pessoa deverá aguardar 24 horas sem sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, para sair do isolamento.
Com o diagnóstico positivo, deverá ser mantido o isolamento por pelo menos 10 dias contados a partir do início dos sintomas, sendo liberado do isolamento desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, há pelo menos 24h.
Quem não realizou a testagem até o 10º dia, mas estiver sem sintomas respiratórios e febre, e sem o uso de antitérmico, há pelo menos 24 horas, poderá sair do isolamento ao fim do 10º dia.
Para todos os casos em que o isolamento for encerrado no 5º ou no 7º dia, deve-se manter as medidas adicionais até o 10º dia, como usar máscaras, higienizar as mãos, evitar contato com pessoas imunocomprometidas ou que possuam fatores de risco para agravamento da covid-19.
Dermatologista esclarece alguns questionamentos e dá dicas para cuidar dessa parte do corpo
Os homens têm se importado cada vez mais com a aparência e, por isso, buscam soluções práticas para problemas comuns do dia a dia. Confira, a seguir, as respostas do dermatologista Alexandre Y. Okubo sobre bem-estar e cuidado com os pés.
1. Creme, esfoliante e gel. O que são e como usar?
São três produtos diferentes. Os cremes têm maior poder de hidratação e podem ser usados de uma a duas vezes por dia. Já os esfoliantes auxiliam na remoção de células mortas. Geralmente vêm com microesferas maiores para aumentar a eficácia. Podem ser utilizados uma vez por semana. Finalmente os géis desodorantes têm ação refrescante e podem ser usados de uma a duas vezes ao dia.
2. Os produtos para mãos e corpo podem ser usados nos pés?
Podem, mas o ideal é usar produtos específicos para cada região, uma vez que contêm concentrações de princípios ativos e tipos de ativos direcionados e adequados.
Sim, principalmente nos dias de altas temperaturas. O excesso de umidade e calor propicia a proliferação de fungos e bactérias que podem provocar doenças. Não há um tempo determinado, mas quanto mais arejado, melhor.
4. O que deve ser observado ao procurar um serviço especializado?
Para não correr riscos de contaminação, o local precisa ter boa higiene, utilizar materiais esterilizados (alicates, tesouras e pinças) e descartáveis (lixas, espátulas e palitos).
5. Quais são as micoses mais comuns nos pés masculinos? Como tratá-las e evitá-las?
A mais frequente é a micose interdigital, mais conhecida como frieira. Ela é adquirida em ambientes úmidos e quentes, como praias, piscinas ou vestiários. O tratamento se dá com antifúngicos tópicos, como cremes, sprays ou soluções, e em casos mais graves, medicações via oral. Enxugar bem os pés após passar por esses ambientes é uma boa precaução para evitá-las.
6. Como melhorar o ressecamento dos pés?
Beba bastante água, use hidratantes específicos para os pés, faça uma esfoliação de manutenção a cada 15 dias e prefira meias de algodão quando for utilizar calçados fechados.
7. O que é o chulé? É verdade que os homens têm mais do que as mulheres?
O chulé é causado pela presença de bactérias que degradam o suor, eliminando um odor típico. Sapatos fechados, de borracha ou de plástico, e meias com pouca capacidade de secar a transpiração facilitam a produção de suor e impedem a ventilação dos pés, contribuindo para o problema. Homens transpiram mais e geralmente ficam mais tempo com calçados fechados, por isso a incidência de bromidrose, odores provenientes do suor, é maior neles.
8. Os talcos resolvem o problema do chulé?
Os talcos ajudam a manter os pés secos por mais tempo, além de conter princípios ativos que diminuem a proliferação de bactérias.