Tião Bocalom não será vice de Gladson Cameli. Seria, para muitos, a chapa dos sonhos, com ampla possibilidade de vitória em primeiro turno. Com a terceira via mantida (a candidatura do coronel Ulisses é irrevogável, segundo os Democratas e Patriotas), restou priorizar a discussão em torno de quem poderia somar forças com o senador, no mesmo palanque, com capacidade de derrotar o PT. E o PSDB não esperou março chegar (o prazo dado pelo próprio PP para anunciar o companheiro do senador na corrida pelo Governo do Acre). Eduardo Velloso, médico oftalmologista, tem sido o foco dos embates, sobretudo nas redes sociais, após a confirmação, feita pelos tucanos, de que “o martelo está batido e a ponta do prego virada”. Aliás, o próprio presidnte do PSDB em Rio Branco, Francineudo Costa, esclareceu: “sete partidos de oposição referendaram o médico para vice”. Muitos resistiram, em postagens que viralizam, sobretudo em grupos de Whatsapp, sugerindo que houve pressa do tucanato, e que muito será discutido. Oficialmente, o PP não confirma Velloso. “Nós não podemos dizer que sim, nem que não. Está valendo aquela informação dos partidos aliados, em que o vice será definido somente em março”, declarou José Bestene, presidente da Executiva Estadual dos progressistas. O nome deverá ser uma escolha pessoal do senador Gladson Cameli, de quem o vice precisa ter estrita confiança, além de capacidade técnica para ajudar a governar o Acre. Para Bestene, Eduardo Velloso “está no páreo”,
Diante da enorme repercussão, Francineudo Costa entrou no debate, principalmente quando outros nomes começaram a ser aventados. O tucano foi incisivo quando o vereador Roberto Duarte, do PMDB, foi citado como um nome que agregaria mais força. “Nosso colega vereador, se tivesse tido uma visão mais ampla teria trabalhado seu nome há mais tempo, não teve coragem de arriscar. O Deputado Federal e Presidente Regional do PSDB se pronunciou através da mídia meses atrás, afirmando que Roberto era um bom nome. A fala do Rocha era um sinal de que o PSDB estava de portas abertas para o Vereador, no entanto, faltou iniciativa do vereador, faltou coragem, que evitou se expor e encarar o desafio naquele momento. O Tempo passou, agora não é hora de mobilizar vereadores e deputados para dar “CORO” ao seu nome. O momento agora é de abraço. Gladson e Eduardo, e juntos ganharmos o governo”, declarou o dirigente tucano
A filiação de Eduardo Velloso ao PSDB se deu de forma silenciosa, há três meses. A partir de então, ele próprio iniciou uma articulação para ganhar a confiança e o prestígio dos partidos de oposiçãoa que apóiam Gladson Cameli. Exceto parte do PMDB, há unanimidade em torno de seu nome. E esta certeza foi compartilhada em encontros promovidos pelo PR da missionária Antônia Lúcia, nesta sexta, e na sede do próprio PSDB, com presença maciça dos filiados mais graduados.
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