Michelle Oliveira, líder da ONG Conexão do Bem, uma organização voluntária que se destaca por ajudar pessoas com arrecadação de roupas, alimentos e medicamentos, denunciou que foi vítima de assédio por parte de um cidadão bastante conhecido da sociedade em Rio Branco – um blogueiro intimamente ligado a partido político acreano.

Em suas redes sociais, Michelle diz que o homem a abordou e sugeriu ajudar seu projeto, mas que lhe faria uma proposta.
No teor da mensagem que o acjornal tece acesso, o homem diz:
-Posso fazer uma proposta? Promete não ficar chateada se não quiser? ’
Michelle reponde:
– Sim Diga;
E ele:
-Melhor não, você vai ficar chateada;
Ele segue na mensagem com a frase:
– Eu te acho muito gostosa, você não vai dizer nada. R$ 5 mil pra gente transar.
Daí a ativista ficou extremamente indignada e disparou:
-Acho que você perdeu completamente a noção, sou casada e muito bem casada! E mais uma coisa, não sou nenhuma atoa, você deveria ter vergonha na cara de falar uma merda dessa! Faça um favor de não se dirigir a nenhum contato meu, pois tomarei as devidas providências.

Em um perfil de rede social, Michelle fez um desabafo sobre a situação e postou parte do conteúdo da conversa.
“Tem cada mensagem que chega até a mim que é difícil de acreditar. Faço meu trabalho com amor e carinho e o mínimo que exijo é respeito. Sou uma mulher casada, que corro atrás de doações para levar o mínimo de dignidade a quem precisa. Acho totalmente desnecessário esse tipo de mensagens.
E não, eu não estou a venda! Muito menos disposta a fazer “de tudo” que fere minha honra.
Se quiser me ajudar, ajude. Mas não com esse tipo de insinuação. Quero deixar registrado aqui que se houver outras mensagens dessa irei tomar providências na justiça”, disse ela.
Michelle ainda disse que o que mais lhe causou estranheza foi saber que o interlocutor tarado posa de bom moço, defensor dos bons costumes e da decência, um daqueles que usa a frase “Deus, Pátria e Família” Para disfarçar suas insanidade.
O crime de assédio sexual consiste no fato de o agente “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função” (CP, art. 216-A, caput).
O assédio sexual foi, desnecessariamente, considerado crime pela Lei 10.224/2001, visto que até então os casos de assédio sexual sempre foram satisfatoriamente solucionados fora da órbita penal, ou seja, por outros ramos do ordenamento jurídico (Direito Civil, Direito do Trabalho e Direito Administrativo).
Por questões de fórum íntimo, não divulgamos na matéria o nome do assediador, que pelo costuma usar do dinheiro que tem para fazer de mulheres objetos de prazer sexual, mas depois dessas denúncias, o rapaz deve saber da gravidade do crime que cometera.
Nota da redação
A identidade do acusado não foi revelada por que a ativista não movem ação judicial contra ele.
A identidade de Michelle foi destacada na reportagem em razão de sua coragem em denunciar abertamente na rede social, como forma de incentivo a outras mulheres vítimas de assédio e por ser ela ativista em defesa de causas humanitárias.