Enquanto nos demais estados brasileiros todos os eventos que o PSL vem realizando nas últimas semanas há uma ênfase e um destaque especial à participação de dirigentes e parlamentares do DEM, por conta da fusão dos dois partidos, no Acre, Márcio Bittar ignorou por completo o Democratas.
Na última sexta, Bittar, que dirige o PSL no Acre, promoveu um jantar para mais de 1.500 pessoas, às custas dos recursos que, por lei, deveriam ser usados exclusivamente em atividades das mulheres do partido. O desvio de finalidade com uso do dinheiro das mulheres do PSL é incontestável.
Mas Bittar preferiu fazer campanha extemporânea à candidatura da esposa, Márcia Bittar, ao Senado. Nenhum membro da direção do DEM no Acre foi convidado.
O deputado federal Alan Rick, terceiro mais votado nas eleições de 2018, um dos nomes mais influentes e importantes da bancada Federal do Acre, sequer foi citado na festa dos Bittar.
O senador usa armas traiçoeiras para minar o deputado, considerado o preferido dos eleitores para a vaga de senador na chapa encabeçada pelo governador em 2022.
Alan já é o calcanhar de Aquiles de Márcia na disputa, e não pode, em hipótese alguma, ser alijado do processo.
Até porque é um dos quadros mais fortes na disputa pela vice-governadoria e, hoje, o que mais cumpre os princípios constitucionais defendidos pelo governador Gladson Cameli para o cargo, aklém de ser o mais leal dentre todos os aliados.
Alan Rick foi por muitos anos um aliado importante de Bittar, no tempo em que o atual senador não tinha o séquito de amigos do poder que o cerca.
Por causa de Bittar, Alan teve a cabeça a prêmio por vários anos na TV Gazeta e só não foi demitido porque o empresário Roberto Moura, de quem o apresentador e âncora era amigo pessoal, não se deixou levar pela tentativa de influência que só atrapalhava o progresso da emissora.
A irmã de Alan, que cantava os jingles de campanha e apresentava os programas de Bittar, não teve a mesma sorte e foi demitida. Hoje, Mirla é porta voz do governo.
Mas Bittar não demonstra ter qualquer problema em ignorar os amigos das suas horas de amargura. Ele tenta, a todo custo, colocar no escanteio um político comprometido com o desenvolvimento do Acre para emplacar, na cara dura, sem qualquer sentimento de vergonha, a sua própria mulher. Se agora já está assim, imagina como será quando conseguir colocar em prática seus planos de dominação e poder no Estado.
Bittar chama a nós todos acreanos de otários.
É nessa hora que questionamos a existência das autoridades constituídas, fiscais da lei, que deveriam coibir – e banir – gente desta estirpe.